Demografia do Brasil como auxiliar no OSM

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DENSIDADE DE NOS OSM 2017-transition-600px.gif


Dados de demografia do IBGE como recurso auxiliar na avaliação do mapeamento no OSM.
(Em desenvolvimento)
Especificamente para auxiliar a localizar onde mais pode estar faltando mapeamento no Brasil, tendo em vista a população, a camada mais útil é a de Densidade de Nós-OSM por Habitante (DNH) (abaixo)

Exposição e Análise dos dados originais

PLANILHAS-XLS.png

Estatística atualizadas do IBGE - Estimativas populacionais para os municípios e para as Unidades da Federação brasileiros em 01.07.2017 [9]:
População Total do Brasil: 207.660.929 Habitantes
(https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2017/estimativa_dou.shtm)

ANÁLISE DOS DADOS DE DENSIDADE POPULACIONAL

Observações iniciais:

A tipificação Rural/Urbana é muito variável em várias propostas de classificações, sendo que o valor delimitador fundamental de densidade demográfica varia, em territórios semelhantes ao Brasil, entre 80 a 150 hab/km2. Adotamos aqui o número redondo de 100 hab/km2, com o que obtivemos uma quantificação semelhante à atual classificação oficial IBGE para urbanoː IBGE 84,38% em 1,28% de território; aqui 87,15% em 0,92% de território (Referencial teórico 4;5;6;7;8). Procurando evitar a terminologia Rural/Urbano que envolve definições de caráter mais qualitativo, foi adotada uma classificação simplesmente quantitativa, demográfica, que enfim é a base de dados original mesma das diversas propostas de tipificação. E tendo como base não Municípios inteiros, onde o dado se dilui, mas sim os Setores Censitários, internos aos Municípios.

O modelo aqui apresentado é uma aproximação. Portanto, seguramente contém imprecisões. No entanto, mostra que esta aproximação é bastante representativa da realidade da composição demográfica oficial no Brasil.
E sobretudo se presta para subdividir enfoques de trabalhos sobre o território.

IBGE-SetCens-QGIS-LEG-Dens-1-25-100.png


Assim, uma possibilidade de distinção por densidade demográfica, na ordem de detecção da presença e concentração de população no território, se mostra através destes 4 grupos resultantes de filtragens, cujo resultado é exposto a seguir com valores simplificadamente arredondadosː

CLASSIFICAÇÃO POR DENSIDADE POPULACIONAL - hab./km2 :
1º) DENSIDADE ALTA: >= 100 hab/km2, corresponde a uma tendência de concentração populacional, mais identificado com um padrão URBANO, mas não necessariamente urbanizado, com 87% da população concentrada em aproximadamente 1% do território; a densidade neste nível varia muito, sendo a média acima de 2.000 hab/km2;
2º) DENSIDADE MÉDIA: >= 25 a < 100 hab/km2, correspondente a um padrão intermediário, com cerca de 3% da população em pouco mais de 1% de área do território, predominantemente próximo a zonas urbanas (mais identificado com os chamados grupos "adjacentes", intermediário e rural, conforme classificação IBGE-2107 [8]);
3º) DENSIDADE BAIXA: >= 1 a < 25 hab/km2, correspondente a um padrão de caráter predominantemente RURAL, com 9% da população espalhados em 38% do território; mesmo assim, observa-se que tende a acompanhar os 2 primeiros grupos (em uma tendência "rural adjacente" conforme IBGE);
4º) DISPERSÃO: < 1 hab/km2, correspondente a um padrão de dispersão do restante menos de 1% da população no restante de aproximadamente 60% do território (mais identificado com os chamados grupos "remotos" conforme classificação IBGE-2107).

Além deste resultado inicial, foi testada uma nova filtragem sobre os 02 últimos grupos, de menor densidade demográfica, procurando obter um maior detalhamento e diferenciação nestas áreas de maior dispersão. O que se observa é a tendência a acompanhar a localização dos demais grupos. Os eixos ou caminhos principais de tendência de ocupação do interior do território são claramente visíveis.


Comparacao-municip-setores.png


Comparação de Propostas de Classificação Demográfica: (imagem ao lado) >>

1) Com base em Municípios, "Classificação e caracterização dos espaços rurais e urbanos do Brasil : uma primeira aproximação / IBGE" [8], com destaque a aglutinações e conurbações;
2) Com base em Setores Censitários, mantendo destaque tanto a concentrações quanto a dispersões internas aos municípios.


Avaliação de densidade de mapeamento no OSM

A partir do extrato total de NÓS-OSM no Brasil, podemos cruzar este dado com o mapa de polígonos de setores censitários do IBGE, e com isso desenvolver um mapa da situação do mapeamento do OSM no Brasil, contendo a densidade de nós.

Podemos obter dois indicadores, que passamos a chamar de:

  • DNH = Densidade de Nós-OSM por Habitante
  • DNK = Densidade de Nós-OSM por Área em Km2

Cada um dos 2 tem significado diverso.

DENSIDADE DEMOGRÁFICA CF. IBGE CENSO 2010 (Ampliar >>) DENSIDADE DE NÓS-OSM POR HABITANTE EM 26-09-17 (Ampliar >>) DENSIDADE DE NÓS-OSM POR Km2 EM 26-09-17 (Ampliar >>)
Densidade Demográfica cf. IBGE . . . . . . . . . . . . . . . DNHː Densidade de Nós-OSM por Habitante . . . . . DNKː Densidade de Nós-OSM por Km2

No resultado apresentado acima nos mapas de densidade, se pode destacarː

  • No mapa de DNHː os LOCAIS MENOS MAPEADOS (em amarelo) onde não há sequer 01 nó para a população do setor, sendo esta diferente de zero. São setores que ainda estão sub-mapeados, de modo geral localizados em áreas periféricas a regiões mais povoadas (conforme Densidade Populacional IBGE).
  • No mapa de DNKː os LOCAIS MAIS MAPEADOS (em amarelo) .

Como conclusão, e somente a nível de sugestão, se pode indicar os locais destacados em amarelo no mapa de DNH como sugestão para equilibrar o avanço do mapeamento OSM no Brasil. Basta procurar por ali e se encontrará muitos locais de ocupação humana ainda por mapear. Possivelmente necessitando mapeamento básicoː vias, landuse, edificações, etc.


METODOLOGIA DA OBTENÇÃO DOS DADOSː
O processo efetuado para obter estes mapas / camadas foi:
-Obtenção do SHP com "total de nós no OSM-BR (em determinada data)", contendo somente geometrias de "nodes", sem campos de tags: OSMnodesBR.SHP;
-Cruzamento do SHP de NODES OSM com o SHP dos 316.574 setores censitários, com adição neste último de campo contendo a respectiva contagem de "nodes" em cada setor: campo "NodesOSM";
-Adição no SHP dos 316.574 setores censitários IBGE de 2 novos campos para os indicadores DNH e DNK, contendo o resultado da operação de Total de Nodes do OSM no setor dividido respectivamente por: População Total do Setor; Área do Setor em Km2.
[Clique aqui para baixar o arquivo SHP contendo Setores Censo 2010 IBGE, População, Área, contagem de NODES-OSM, DNH e DNK (280MB)].

Estes indicadores podem ser visualizados em mapa:
- isoladamente;
- ou em conjunto com a camada de densidade populacional isolada, para avaliar correspondência, isto é, se segue um padrão de acompanhamento da distribução demográfica ou do território.

(Obtenção dos dados com valiosa ajuda do colaborador naoliv e demais membros da comunidade OSM brasileira e grupo QGIS telegram).


Utilidade prática no OSM

Com o mapa de classificação demográfica acima, pode-se criar máscara KML ou GPX, bem como mapa-imagem com calibragem georreferenciada, como disponibilizado a seguir, em suficiente resolução (~3000x3000px), para uso no JOSM ou editor iD.


Download de setores submapeados para uso no JOSM e iD, em máscaras KML

GPX no JOSM (Ampliar >>)

Máscara em KML contendo os polígonos dos setores onde DNH=0, isto é, nem sequer 01 nó por habitante, "zero", havendo habitantes no setor conforme apontado pelo Censo 2010.
Permite trabalhar com maior resolução dos limites, em menor escala. Fundidos perímetros de polígonos adjacentes.

Para download das camadas KML, por regiões do Brasil, zipado
(arquivo DNH-zero-BR.zip), clique aqui.

PASSO-A-PASSO para uso do KML no iD ou JOSMː

  • Faça download do zip acima, contendo os KML por regiões;
  • Escolha o arquivo com a região do Brasil que você tenha interesse;
  • Na tela de "edição" do iD (ou JOSM), apenas arraste o arquivo KML para a tela;

Prontoǃ Basta identificar um setor submapeado, destacado na sua região de interesse, verificar e completar o mapeamento básico (como rede viária, etc).


Download da camada "Nós-OSM por Habitante" para JOSM

Para download da camada DNHː Densidade de Nós-OSM por Habitante, para uso no JOSM (imagem PNG para uso com plugin PicLayer), já calibradaː

Clique aqui.

Download da camada "Densidade Demográfica IBGE" para JOSM

Para download da camada Densidade Demográfica IBGE (R.02), para uso no JOSM (imagem PNG para uso com plugin PicLayer), já calibradaː

Clique aqui.

PASSO-A-PASSO para uso das imagens no JOSMː

  • Habilite o plugin "PicLayer" no JOSM, em "configurações / plugins";
  • Abra a imagem no JOSM;
  • Carregue o arquivo de calibragem da imagem, para posicionamento correto;
  • Mova para o topo da lista de camadas (layers);
  • Ajuste a opacidade (~50%) de modo a permitir visualizar as demais camadas de baixo.

Prontoǃ Basta identificar um setor de interesse, verificar e completar o mapeamento básico (como rede viária, etc).

O mapa resultante da classificação dos grupos por densidade populacional pode ser útil como auxílio no OSM, como para facilitar a delimitação de áreas de enfoque para avaliação do respectivo estado do mapeamento nos setores, permitindo uma redução inicial no campo de trabalho ao nível local dos setores individalmente destacados, e um progressivo aumento na escala ao nível regional e territorial, conforme as necessidades de enfoques:

1º) iniciar com foco em apenas cerca de 1% do território, onde está 87% da população;
2º) aumentar o foco para mais 1,5% do território, onde está mais 3% da população, acumulando 90% desta;
3º) focalizar no restante do território, 39%, onde está mais 9% da população, acumulando 99% desta e 41% de território;
4º) procurar na grande área do restante 59% do território pelo 1% restante da população, conforme sub-classificação de densidade com intervalos menores.
Acumula-se assim ao final do processo a cobertura de avaliação do mapeamento para 100% do território e população.


Estatísticas de mapeamento no OSM

[A desenvolver com os dados]

A partir destes dados de Densidade de Nós-OSM no Brasil, por setores, se pode extrair estatísticas de média, desvio padrão, etc, e proceder uma classificação proporcional e relativa ao contexto do universo nacional.

Pode-se adotar uma classificação relativa onde os grupos se encontrem em uma distribuição como:

ESTATÍSTICA DE DNH (Densidade de Nós-OSM por Habitante)ː
GRUPO D.P. % STATUS NºSETORES
(-2DP) 10% SUB-MAPEADOS 1000
(-1DP) 40% MENOS-MAPEADOS 4000
(MÉDIA) === === ===
(+1DP) 40% MAIS-MAPEADOS 4000
(+2DP) 10% SUPER-MAPEADOS 1000


[ADICIONAR GRÁFICO DE DISTRIBUIÇÃO NORMAL]

Classificados estes dados e colocados em um mapa, podem facilitar a localização das áreas mais mapeadas, assim como das áreas sub-mapeadas. E propor incentivos ao mapeamento em determinadas áreas.


Referências

[1] http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/default_territ_area.shtm
[2] http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm
[3] Arquivos originais dos Setores Censitários IBGE:
(UF)SEE250GC_SIR.shp
ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/malhas_territoriais/malhas_de_setores_censitarios__divisoes_intramunicipais/censo_2010/setores_censitarios_shp/
+ Basico_(UF).xls/CAMPO:V002
ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Resultados_do_Universo/Agregados_por_Setores_Censitarios/
[4] "OECD REGIONAL TYPOLOGY"
http://www.oecd.org/cfe/regional-policy/OECD_regional_typology_Nov2012.pdf
[5] "BRASIL - SENADO - PROJETO DE LEI 316/09"
http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2009/10/06/criados-criterios-de-classificacao-do-espaco-urbano-e-rural
[6] "O RURAL E O URBANO: É POSSÍVEL UMA TIPOLOGIA?-Eduardo Paulon Girardi"
http://www.uel.br/cce/geo/didatico/omar/modulo_b/a12.pdf
[7] "Eurostat/statistics-explaine/Urban-rural typology "
http://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php/Urban-rural_typology
[8] "BRASIL - IBGE: Classificação Rural e Urbana do Brasil"
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv100643.pdf
[9] http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2017/estimativa_dou.shtm

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